Em 1913, diplomou-se pela extinta Escola Normal Secundária da
Capital. No ano seguinte, começou sua vida profissional no Interior paulista.
Foi nomeado para a Escola Noturna de Adultos de Bananal. Depois passou para o
Grupo Escolar de Campos Novos do Paranapanema; em seguida, para o Grupo Escolar
de Ubatuba, onde permaneceu de abril de 1917 até fevereiro de 1922, e,
finalmente, para a Escola Masculina de Guariroba, em Taquaritinga, da qual
tomou posse, licenciou-se e pediu exoneração.
Em 1922, montou em São Paulo cursos preparatórios e de repetição para estudantes que, em escolas de Farmácia e Odontologia reconhecidas pelo Estado, de acordo com as leis então vigentes, faziam exames de segunda época. Trabalhando com honestidade e exaustão, venceu tão rapidamente que, em poucos anos, foi levado a transformar seus cursos no ginásio Moura Santos, na Rua Santa Teresa, na época um dos de maior número de alunos e dos mais frequentados do Brasil. Por ele e por seus cursos passaram alunos que hoje se destacam nos vários ramos de atividade pública: deputados, farmacêuticos, dentistas, advogados, médicos, desembargadores, juízes e dirigentes de importantes associações.
No desejo de ilustrar ainda mais o nome do ginásio, ofereceu
sociedade na direção a Sud Menucci, da Academia Paulista de Letras, e Amadeu
Amaral, da Academia Brasileira de Letras, que muito contribuíram para o
engrandecimento do Magistério. Em 1931, Máximo de Moura Santos organizou novos
cursos preparatórios e fundou, com diretores de outros cursos, o Ginásio
Paulistano, que floresceu rapidamente.
Diplomado em Farmácia e Odontologia, Moura Santos exerceu
ambas as profissões, fazendo jus ao título de professor honorário
da extinta escola de Farmácia e Odontologia de Pindamonhangaba, pela
publicação da obra Estomatites e Piorréia.
Entre 1922 e 1932, foi presidente do Montepio Farmacêutico,
membro da diretoria da União Farmacêutica, membro da Associação Paulista
de Cirurgiões-Dentistas, colaborador e redator da seção Ensino Secundário de O
Estado de S. Paulo e sócio-fundador da Associação Paulista de Imprensa.
Em 1932, reingressou no Magistério oficial, nomeado
assistente técnico de ensino, cargo máximo da carreira, a convite de Sud
Menucci, então diretor geral do Ensino de São Paulo. Aposentou-se em 25 de
setembro de 1951 e passou a dirigir a Revista do Magistério, órgão destinado à
defesa da classe de professores.
Sua luta árdua pela causa do Magistério pode ser constatada
pelas correspondências enviadas a altas autoridades, reivindicando providências
necessárias para a tão abnegada e igualmente esquecida classe dos professores.
Colaborou, ainda, intensamente, em muitos jornais, como o
Correio da Manhã, do Rio de Janeiro, e em quase todos os da Capital.
Deixou inúmeras obras, das quais destacamos: Cavalaria; O
Professor Policarpo; Nós os Cães; Malho e Bigorna; Coletânea de Artigos Em
defesa do Professorado e o Magistério e o Momento; Mocidade; O Pequeno Escolar;
Curso de Admissão; Programa Escolar (Ciências, Geografia, História e Linguagem,
em colaboração com Plínio Paulo Braga); O Bom Colegial (em colaboração com sua
filha Lígia); O Bom Ginasiano (em colaboração com Francisco Lopes de Azevedo).
Após uma vida inteira de dedicação à causa da Educação,
Máximo de Moura Santos faleceu no dia 3 de julho de 1961, em São Paulo, aos 68
anos.