Sobre o Prof. Máximo de Moura Santos

Máximo de Moura Santos nasceu em São Paulo, no dia 31 de maio de 1893. Era filho de Antônio Monteiro dos Santos e de Francisca Ceslau de Moura.

Em 1913, diplomou-se pela extinta Escola Normal Secundária da Capital. No ano seguinte, começou sua vida profissional no Interior paulista. Foi nomeado para a Escola Noturna de Adultos de Bananal. Depois passou para o Grupo Escolar de Campos Novos do Paranapanema; em seguida, para o Grupo Escolar de Ubatuba, onde permaneceu de abril de 1917 até fevereiro de 1922, e, finalmente, para a Escola Masculina de Guariroba, em Taquaritinga, da qual tomou posse, licenciou-se e pediu exoneração.


Em 1922, montou em São Paulo cursos preparatórios e de repetição para estudantes que, em escolas de Farmácia e Odontologia reconhecidas pelo Estado, de acordo com as leis então vigentes, faziam exames de segunda época. Trabalhando com honestidade e exaustão, venceu tão rapidamente que, em poucos anos, foi levado a transformar seus cursos no ginásio Moura Santos, na Rua Santa Teresa, na época um dos de maior número de alunos e dos mais frequentados do Brasil. Por ele e por seus cursos passaram alunos que hoje se destacam nos vários ramos de atividade pública: deputados, farmacêuticos, dentistas, advogados, médicos, desembargadores, juízes e dirigentes de importantes associações.

No desejo de ilustrar ainda mais o nome do ginásio, ofereceu sociedade na direção a Sud Menucci, da Academia Paulista de Letras, e Amadeu Amaral, da Academia Brasileira de Letras, que muito contribuíram para o engrandecimento do Magistério. Em 1931, Máximo de Moura Santos organizou novos cursos preparatórios e fundou, com diretores de outros cursos, o Ginásio Paulistano, que floresceu rapidamente.

Diplomado em Farmácia e Odontologia, Moura Santos exerceu ambas as profissões, fazendo jus ao título de professor honorário da extinta escola de Farmácia e Odontologia de Pindamonhangaba, pela publicação da obra Estomatites e Piorréia.

Entre 1922 e 1932, foi presidente do Montepio Farmacêutico, membro da diretoria da União Farmacêutica, membro da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas, colaborador e redator da seção Ensino Secundário de O Estado de S. Paulo e sócio-fundador da Associação Paulista de Imprensa.

Em 1932, reingressou no Magistério oficial, nomeado assistente técnico de ensino, cargo máximo da carreira, a convite de Sud Menucci, então diretor geral do Ensino de São Paulo. Aposentou-se em 25 de setembro de 1951 e passou a dirigir a Revista do Magistério, órgão destinado à defesa da classe de professores.

Sua luta árdua pela causa do Magistério pode ser constatada pelas correspondências enviadas a altas autoridades, reivindicando providências necessárias para a tão abnegada e igualmente esquecida classe dos professores.

Colaborou, ainda, intensamente, em muitos jornais, como o Correio da Manhã, do Rio de Janeiro, e em quase todos os da Capital.

Deixou inúmeras obras, das quais destacamos: Cavalaria; O Professor Policarpo; Nós os Cães; Malho e Bigorna; Coletânea de Artigos Em defesa do Professorado e o Magistério e o Momento; Mocidade; O Pequeno Escolar; Curso de Admissão; Programa Escolar (Ciências, Geografia, História e Linguagem, em colaboração com Plínio Paulo Braga); O Bom Colegial (em colaboração com sua filha Lígia); O Bom Ginasiano (em colaboração com Francisco Lopes de Azevedo).

Após uma vida inteira de dedicação à causa da Educação, Máximo de Moura Santos faleceu no dia 3 de julho de 1961, em São Paulo, aos 68 anos.